O Da Joana
Um blog para todos dominar, um blog para os encontrar, um blog para a todos prender e nas trevas reter.
sexta-feira, maio 20, 2011
E agora?
Esta coisa do fim do mundo ser amanhã não dá com nada. Compra uma pessoa um bilhete para os Bon Jovi em Julho e agora? O seguro da Fnac não me cobre estas coisas.
sábado, maio 07, 2011
A razão pela qual nunca ganharemos a Eurovisão ou Eurovisão = serious business
Nós não compreendemos o gosto musical europeu e os europeus não compreendem o nosso.
Tão simples quanto isso.
Passo a justificar:
Lembram-se da Eurovisão de 1981? Eu não, porque ainda sou novinha, mas se me pedirem para cantar a música, eu sei-a de cor. Canto-a é mal, mas sei-a de cor.
Carlos Paião - Play-back
Ah, os fatinhos, a coreografia, benditos 80's. Para nós, uma música giríssima, com uma excelente interpretação e até visualmente engraçada, nem que seja pela comicidade da coisa, e que até aos dias de hoje continua um sucesso.
Nesse ano, ficámos em 18º lugar. Em 20 participantes. Claramente não o nosso melhor resultado, mas também não o nosso pior - provavelmente nem entra no top 5 de piores resultados. Mas a verdade é que a ideia de mandar um tipo barbudo, com um casaco azul-vivo a cantar uma música electrónica falhou redondamente. Ó, se apenas tivéssemos sabido de antemão que não ia resultar.
Telex - Euro-vision, entrada belga, 1980
1980. Não 10 anos, nem mesmo 5 anos antes. No ano anterior, os belgas decidiram que um barbudo, com uma camisa azul-viva a cantar uma música electrónica seria uma excelente ideia. Não foi. Ficaram em último. Com apenas 14 pontos. 10 dos quais foram atribuídos por Portugal.
Portanto, damos pontos à música que o resto da Europa deixa ficar em último, e como gostamos tanto, no ano seguinte "'bora fazer uma coisa parecida", que fica igualmente no fim da tabela.
Nós não compreendemos o gosto musical europeu e os europeus não compreendem o nosso.
Tão simples quanto isso.
(Isto tudo para dizer àquelas pessoas que 3 meses depois, ainda estão em negação e a queixar-se que os Homens da Luta são uma escolha vergonhosa para ir à Eurovisão porque não sabem cantar e a musica é fraquinha e nem sequer à final passamos: já ninguém quer saber. Um, a Eurovisão não é levada à sério por 80% dos Europeus e a única razão porque continua a existir é porque esses 80% continuam a ver o programa ironicamente e a fazer 'drinking games' cada vez que algum dos concorrentes muda de fato durante a actuação ou há uma mudança de tom. Dois, nós já levámos músicas muito boas, já levámos músicas muito más - que para o resto da Europa poderiam ser boas -, já levámos baladas, já levámos coisas mexidas, já levámos gente com grandes vozes, já levámos grandes artistas e já levámos zés-ninguéns - não faz diferença. Se não ganhámos uma única vez em 40 anos, não é este ano, ou no próximo, ou ainda no próximo, que "é desta!". Aprendam a lidar com isso. Portanto, deixem-nos fazer a nossa festa que os outros fazem a deles.
Tão simples quanto isso.
Passo a justificar:
Lembram-se da Eurovisão de 1981? Eu não, porque ainda sou novinha, mas se me pedirem para cantar a música, eu sei-a de cor. Canto-a é mal, mas sei-a de cor.
Carlos Paião - Play-back
Ah, os fatinhos, a coreografia, benditos 80's. Para nós, uma música giríssima, com uma excelente interpretação e até visualmente engraçada, nem que seja pela comicidade da coisa, e que até aos dias de hoje continua um sucesso.
Nesse ano, ficámos em 18º lugar. Em 20 participantes. Claramente não o nosso melhor resultado, mas também não o nosso pior - provavelmente nem entra no top 5 de piores resultados. Mas a verdade é que a ideia de mandar um tipo barbudo, com um casaco azul-vivo a cantar uma música electrónica falhou redondamente. Ó, se apenas tivéssemos sabido de antemão que não ia resultar.
Telex - Euro-vision, entrada belga, 1980
1980. Não 10 anos, nem mesmo 5 anos antes. No ano anterior, os belgas decidiram que um barbudo, com uma camisa azul-viva a cantar uma música electrónica seria uma excelente ideia. Não foi. Ficaram em último. Com apenas 14 pontos. 10 dos quais foram atribuídos por Portugal.
Portanto, damos pontos à música que o resto da Europa deixa ficar em último, e como gostamos tanto, no ano seguinte "'bora fazer uma coisa parecida", que fica igualmente no fim da tabela.
Nós não compreendemos o gosto musical europeu e os europeus não compreendem o nosso.
Tão simples quanto isso.
(Isto tudo para dizer àquelas pessoas que 3 meses depois, ainda estão em negação e a queixar-se que os Homens da Luta são uma escolha vergonhosa para ir à Eurovisão porque não sabem cantar e a musica é fraquinha e nem sequer à final passamos: já ninguém quer saber. Um, a Eurovisão não é levada à sério por 80% dos Europeus e a única razão porque continua a existir é porque esses 80% continuam a ver o programa ironicamente e a fazer 'drinking games' cada vez que algum dos concorrentes muda de fato durante a actuação ou há uma mudança de tom. Dois, nós já levámos músicas muito boas, já levámos músicas muito más - que para o resto da Europa poderiam ser boas -, já levámos baladas, já levámos coisas mexidas, já levámos gente com grandes vozes, já levámos grandes artistas e já levámos zés-ninguéns - não faz diferença. Se não ganhámos uma única vez em 40 anos, não é este ano, ou no próximo, ou ainda no próximo, que "é desta!". Aprendam a lidar com isso. Portanto, deixem-nos fazer a nossa festa que os outros fazem a deles.
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
Preciso de tirar isto do sistema.
A próxima pessoa que me disser "Ó meu Deus, a nova música dos Deolinda é tão fixe, porque chama a atenção para um dos maiores problemas socio-económicos do país e nunca ninguém tinha feito isso" leva um estalo. A sério, estou farta, xiu. Eles não inventaram nada, eles não são donos da verdade, eles só fizeram uma música que nem sequer é das melhores que têm. Por isso, parem lá de fazer artigozinhos e reportagenzinhas idiotas a querer mamar o sucesso da música como se fossem grande analistas políticos. Deixem-se de intelectualoidezices.
Pronto.
Pronto.
terça-feira, junho 02, 2009
Isto já não vai ter piada amanhã, mas pronto. Eu rio-me hoje.
Air France já sabe onde o avião caiu
A informação foi avançada ao início da noite numa conferência de imprensa no aeroporto parisiense de Roissy.
Segundo o director-geral da Air France, Pierre-Henry Gourgeon, o Airbus despenhou-se a meio caminho entre as costas brasileira e africana.
(...)
in http://www.radiosim.pt/informacao_detail.aspx?ContentId=288650&AreaId=11&SubAreaId=&pagina=10
- F6!
- Água.
quarta-feira, maio 06, 2009
terça-feira, abril 14, 2009
Pseudo-twitter, parte 2.
Obesidade, mal-nutrição e bullying nas escolas numa frase: os gordos andam a roubar comida aos colegas.
segunda-feira, abril 13, 2009
Pseudo-twitter.
O meu sobrinho tem três meses e a mãe já o sentou ao computador, segurando-lhe os dedos para escrever o nome dele no Word.
E eu é que sou a maluquinha dos computadores.
E eu é que sou a maluquinha dos computadores.
domingo, abril 05, 2009
Deixem-me mudar de canal!
O novo concurso da TVI dos miúdos que vão para lá cantar é uma ofensa aos direitos humanos. Não só os das crianças que estão a ser exploradas, mas também os nossos, que as temos de ouvir.
sábado, fevereiro 14, 2009
Descubram as diferenças. : )
Genérico da nova série da RTP, "Pai à Força":
Genérico da série norte-americana "The O.C.":
ZOMG! A Carla Salgueiro é a mãe da Marissa. O.O
Genérico da série norte-americana "The O.C.":
ZOMG! A Carla Salgueiro é a mãe da Marissa. O.O
terça-feira, janeiro 13, 2009
Não estou a gozar. Quero mesmo saber.
Alguém me explica porque é que agora está na moda gostar de Ornatos Violeta?
quarta-feira, dezembro 24, 2008
sexta-feira, novembro 07, 2008
Bem, já que falaram nisso...
PSD: Santana diz que não se ofereceu para candidato a Lisboa mas está "disponível"
Ao Público e depois à TSF o ex-presidente do PSD e ex-primeiro-ministro fez questão de dizer que não se ofereceu para ser candidato à presidência da Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas do próximo ano: "Eu não me ofereci a ninguém, nem pedi a ninguém, nem sugeri a ninguém. Gostava que isso ficasse claro".
"O que eu digo, na prática, é reafirmar essa disponibilidade, esse gosto, essa ligação a Lisboa. Agora, candidatura só se a presidente do partido e a direcção nacional assim o entenderem. Se entenderem que sim, muito bem, se entenderem que não, muito bem também", disse.
Fonte: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/c3a68ce6939fc57fe9dae8.html
Se vocês quiseresm comentar este post, estejam à vontade. Mas eu não sugeri nada! É só se quiserem. Mas longe de mim estar a pedir alguma coisa! Mas o link está disponível aqui em baixo. Mas vejam lá! Não me quero impôr. Gostava que isso ficasse claro.
quarta-feira, novembro 05, 2008
Bem-vindo ao mundo encantado dos brinquedos...
Acabou de dar na televisão o anúncio da Leopoldina.
Pronto, é oficialmente Natal.
Pronto, é oficialmente Natal.
quarta-feira, outubro 29, 2008
Vou mas é comprar uns novos.
Cada vez mais começo a achar que os headphones são uma espécie de vida alienígena cujo objectivo é destruir a Humanidade, levando os seres humanos à loucura. Não interessa o quão direitos os deixemos, quando voltamos a pegar neles, os fios estão sempre embrulhados. Sempre. E depois há sempre um dos lados que deixa de funcionar. Mas o outro ainda está bom. E não sabemos se havemos de os deitar fora e comprar uns novos ou se os havemos de continuar a utilizar porque na verdade, muitas das vezes, só se usa um dos lados porque se quer continuar a ouvir o que se passa à volta mas depois se se quiser usar os dois é uma chatice porque um não está a funcionar e é estúpido estarmos com os dois nos ouvidos se apenas um está a funcionar mas esperem! ao rodar o fio, de repente há som no phone que não funcionava mas esperem! agora já não há outra vez, porque largámos o fio e bolas! mas esperem, como e que isto estava? e agora mexemos no fio à parva a tentar reencontrar a posição perfeita onde amBOS OS PHONES FUNCIONARÃO E A CERTA ALTURA ESTAMOS COM OS BRAÇOS NO AR E A FAZER O PINO E MESMO ASSIM SÓ FUNCIONA AOS SOLUÇOS E AAAAHHHHHHH!
Acabaram-se as pilhas do leitor.
Acabaram-se as pilhas do leitor.
sábado, outubro 25, 2008
Da geografia de Portugal.
Eu sei perfeitamente identificar Sagres num mapa de Portugal, mas por mais que tente não consigo encontrar Super Bock. Nunca percebi porquê.
(É que até Cintra encontro - ainda que o mapa que estou a utilizar tenha uma gafe e tenha Cintra com "s", mas pronto.)
(É que até Cintra encontro - ainda que o mapa que estou a utilizar tenha uma gafe e tenha Cintra com "s", mas pronto.)
domingo, outubro 19, 2008
Era um Menú Macgyver, se faz favor.
Curioso como o Mcdonald's nunca se lembrou de criar o hambúrger MacGyver. O único hambúrger que as pessoas teriam de fazer elas mesmas, tendo apenas ao dispôr uma vaca, um rolo de fita-cola e um clip.
quarta-feira, setembro 17, 2008
A odisseia de Josélito no País da Farfalhuda #26
Este capítulo é escrito pelo eumesmo, que por motivos técnicos não consegue aceder ao seu blog, daí este capítulo estar publicado aqui.
Capítulos anteriores aqui.
Pelos vistos a telepatia de Lara Li parecia não funcionar com projectores e o espectáculo acabou naquele preciso instante. Zé Tó, chocado, vagueou pelo teatro enquanto o público aplaudia freneticamente o «final apoteótico» que La Féria lhes havia proporcionado (cada um tem o público que merece, temos pena). O nosso pobre herói apenas encontrou o sossego no lugar do ponto, apesar de ter de partilhar o exíguo espaço com dois esqueletos. Cada um com uma etiqueta: «Ponto do Amália» e «La Féria’s Boy Toy 2002». Zé Tó encontrou naquele local o espaço mais acolhedor da sua viagem. Depois de dormir na barriga da Simara qualquer outro local lhe parecia agradável. Ligou o pequeno transístor que trazia sempre consigo no bolso onde também guardava uma bisnaga de lubrificante (as más experiências forçam um rapaz a tornar-se prevenido) e uma fotografia da sua irmã gémea. A irmã que ele procurava desde o início da sua jornada. A verdadeira demanda da sua odisseia. Mas Zé Tó ainda estava em estado de choque. Ter visto a cabeça oval da k.d. lang portuguesa ser esmagada por um projector marcou-o mais do que ele esperava.
Passaram-se anos, passaram-se dezenas de novas produções La Feéricas («Mary Poppins», «101 Dálmatas», «A Dama e o Vagabundo» [Pedro Granger e Mafalda Veiga em destaque], «Carlos Castro – Uma Comédia Musical» ou «Maddie regressa a casa»), passaram-se momentos de convívio entre Zé Tó e os seus companheiros esqueletos. A vida continuava, como uma versão de Robinson Crusoe em cerca de 2 m². Até que (e com Zé Tó sabemos que um «até que» é bem mais do que uma reviravolta, é um Ike narrativo) Zé Tó descobriu qual iria ser a próxima peça em cena no Politeama. Zé Tó não podia continuar a ser a Elizabeth Fritz da Rua das Portas de Santo Antão…
A ODISSEIA VIVE!
Capítulos anteriores aqui.
Capítulo XXVI
Pelos vistos a telepatia de Lara Li parecia não funcionar com projectores e o espectáculo acabou naquele preciso instante. Zé Tó, chocado, vagueou pelo teatro enquanto o público aplaudia freneticamente o «final apoteótico» que La Féria lhes havia proporcionado (cada um tem o público que merece, temos pena). O nosso pobre herói apenas encontrou o sossego no lugar do ponto, apesar de ter de partilhar o exíguo espaço com dois esqueletos. Cada um com uma etiqueta: «Ponto do Amália» e «La Féria’s Boy Toy 2002». Zé Tó encontrou naquele local o espaço mais acolhedor da sua viagem. Depois de dormir na barriga da Simara qualquer outro local lhe parecia agradável. Ligou o pequeno transístor que trazia sempre consigo no bolso onde também guardava uma bisnaga de lubrificante (as más experiências forçam um rapaz a tornar-se prevenido) e uma fotografia da sua irmã gémea. A irmã que ele procurava desde o início da sua jornada. A verdadeira demanda da sua odisseia. Mas Zé Tó ainda estava em estado de choque. Ter visto a cabeça oval da k.d. lang portuguesa ser esmagada por um projector marcou-o mais do que ele esperava.
Passaram-se anos, passaram-se dezenas de novas produções La Feéricas («Mary Poppins», «101 Dálmatas», «A Dama e o Vagabundo» [Pedro Granger e Mafalda Veiga em destaque], «Carlos Castro – Uma Comédia Musical» ou «Maddie regressa a casa»), passaram-se momentos de convívio entre Zé Tó e os seus companheiros esqueletos. A vida continuava, como uma versão de Robinson Crusoe em cerca de 2 m². Até que (e com Zé Tó sabemos que um «até que» é bem mais do que uma reviravolta, é um Ike narrativo) Zé Tó descobriu qual iria ser a próxima peça em cena no Politeama. Zé Tó não podia continuar a ser a Elizabeth Fritz da Rua das Portas de Santo Antão…
A ODISSEIA VIVE!
segunda-feira, setembro 15, 2008
Estação terminal: Santa Azelhice.
Alguém devia dizer aos utentes do Metropolitano de Lisboa que lixar madeira e validar o cartão nos canais de acesso de cada estação não é a mesma coisa.
E já agora, tirar o cartão da mala demora menos tempo que colocarem toda a mala em cima dos leitores azuis e rodarem-na até o cartão passar miraculosamente por cima dos leitores azuis.
E já agora, tirar o cartão da mala demora menos tempo que colocarem toda a mala em cima dos leitores azuis e rodarem-na até o cartão passar miraculosamente por cima dos leitores azuis.
Factos históricos são uns chatos.
Abri o Blogger com intenção de fazer esta piada:
Se o festival da Eurovisão tivesse sido ganho não pelos ABBA mas pela Tonicha, a Meryl Streep estaria neste momento a cantar o Zumba na Caneca.
E se de facto a Tonicha tivesse ido no mesmo ano dos Abba, isto teria tido piada.
Se o festival da Eurovisão tivesse sido ganho não pelos ABBA mas pela Tonicha, a Meryl Streep estaria neste momento a cantar o Zumba na Caneca.
E se de facto a Tonicha tivesse ido no mesmo ano dos Abba, isto teria tido piada.
quarta-feira, junho 04, 2008
Porque aparentemente os preços altos dos combustíveis também afectam este blog.
O preço da gasolina vai aumentar novamente esta noite. A partir da meia-noite, um litro de gasolina custará três barras de ouro, o santo graal e uma perna.
sexta-feira, abril 11, 2008
Ó para o meu pensinho no dedo.
Só para dizer que há pouco me cortei ao tentar abrir uma caixa de bolachas do Minipreço. E agora vou ali preparar uma tigela de cereais e tentar não incendiar a casa.
quinta-feira, abril 03, 2008
"Ó mãe! Ó mãe! Olha aqui eu nas Internets!"
Ok, é verdade que não escrevo há bastante tempo neste blog. E apesar de garantir a mim mesma que é falta de ideias, a verdade é que ando muito preguiçosa. Portanto, vou apenas divagar um bocado sobre aquilo que me apetecer. Não prometo que seja humorístico.
Sei que já passou um tempo e o assunto já esmoreceu um pouco, mas gostava de falar sobre o malfadado vídeo da aluna que agrediu a professora numa escola secundária do Porto.
Na minha opinião, aquilo é nada mais que uma falta de respeito por parte da aluna. Toda a gente sabe que adolescentes de quinze anos se estão completamente marimbando para as regras da sala de aula. Atender o telemóvel numa aula é actualmente um comportamento (infelizmente) normal dos alunos. Confiscar o telemóvel é o comportamento normal do professor. Levantar-se e praticamente agredir a professora, gritando-lhe, exigindo-lhe que lhe devolva o telemóvel é o comportamento normal de uma miúda mimada de três anos a quem as pessoas que a educaram nunca ensinaram o que é respeito. Mas ela não está sozinha na sala. Os colegas riem-se. Riem-se porque significa que estão a vencer autoridade e isso alimenta-lhes o ego rebelde, característico da adolescência. E até filmam. Mas isso é só porque vai ser buédafixe ver a “velha a cair”.
É importante também salientar que pouca gente conhece o verdadeiro contexto daquela situação. Para todos os efeitos, a professora também pode ter culpa no cartório. Aliás, até pode acontecer a professora nunca ter sabido impor autoridade sobre aquela turma – o que é grave em turmas daqueles anos (sei isto de experiência própria: também tive uma professora de Físico-Química no 8º ano que não tinha qualquer autoridade sobre nós – e nós, como normais adolescentes de 13 e 14 anos, bem que lhe fazíamos a vida negra). Mas esse facto não desculpa de maneira nenhuma as acções da aluna.
E em todos os canais de televisão, surgem os analistas e os psicólogos em filinha indiana, prontos a dar a sua intelectualizada opinião. A maioria parece culpar as chamadas novas tecnologias. Pois claro. E vá lá, que a violência nos videojogos ficou impune. Esse monstro que a imprensa muito gosta de alimentar nestes casos, desta vez, ficou a ver outro fenómeno arcar com as culpas.
A situação é grave. A violência nas escolas é um fenómeno recorrente. Todos temos de reflectir nele e pensar seriamente em medidas viáveis que possam solucionar o problema. Sim, porque a transferência da aluna para uma outra escola não é solução viável. É o mesmo que atirar o lixo para o quintal do vizinho, só porque dá trabalho atravessar a rua para o ir pôr no contentor.
Mas enfim (e sim, vou parar de escrever que entretanto isto já está a ficar compridinho e até chato), isto sou eu a falar do conforto do meu sofá (vá, cadeira da secretária). Que isto dos problemas dos outros, já dizia o outro, resolvem-se com uma palmadinha nas costas. Ainda que este, na minha opinião, se resolvesse com um par de tabefes (mas não pode ser da professora, porque senão depois vêm os paizinhos e é o “ai meu deus, que a professora agrediu a minha filha!”).
E a verdade é que um simples vídeo do YouTube, provavelmente transformado num daqueles “forwards” que as pessoas que nada têm para fazer mandam a todos os seus contactos, foi parar à caixa de correio electrónico de um qualquer funcionário da RTP/SIC/TVI. E de repente, a violência nas escolas surge como o tema do momento, como se nunca antes tivesse existido e fosse a maior novidade do mundo. Logo, se contactam os responsáveis que garantem que vão ser tomadas medidas, que vão ser instalados inquéritos, apuradas responsabilidades.
Mas entretanto o corpo da Maddie é encontrado ou o Cristiano Ronaldo encontra uma nova namorada e a história da miúda do Porto que gritou com a professora deixa de vender.
E fica tudo na mesma.
Nota de rodapé: E sabem o que me entristece mais? Mais do que a gravidade desta situação, mais do que a inaptidão do governo em resolver o problema da violência escolar (porque admitamos, ela sempre existirá), é que facilmente imagino, daqui a uns anos, um homem feito a virar-se para um seu amigo e dizer orgulhosamente: “Lembras-te daquele vídeo que andou nos telejornais há uns anos de uma aluna a agredir uma professora e a gritar para lhe dar o telemóvel? Fui eu que filmei.”
Sei que já passou um tempo e o assunto já esmoreceu um pouco, mas gostava de falar sobre o malfadado vídeo da aluna que agrediu a professora numa escola secundária do Porto.
Na minha opinião, aquilo é nada mais que uma falta de respeito por parte da aluna. Toda a gente sabe que adolescentes de quinze anos se estão completamente marimbando para as regras da sala de aula. Atender o telemóvel numa aula é actualmente um comportamento (infelizmente) normal dos alunos. Confiscar o telemóvel é o comportamento normal do professor. Levantar-se e praticamente agredir a professora, gritando-lhe, exigindo-lhe que lhe devolva o telemóvel é o comportamento normal de uma miúda mimada de três anos a quem as pessoas que a educaram nunca ensinaram o que é respeito. Mas ela não está sozinha na sala. Os colegas riem-se. Riem-se porque significa que estão a vencer autoridade e isso alimenta-lhes o ego rebelde, característico da adolescência. E até filmam. Mas isso é só porque vai ser buédafixe ver a “velha a cair”.
É importante também salientar que pouca gente conhece o verdadeiro contexto daquela situação. Para todos os efeitos, a professora também pode ter culpa no cartório. Aliás, até pode acontecer a professora nunca ter sabido impor autoridade sobre aquela turma – o que é grave em turmas daqueles anos (sei isto de experiência própria: também tive uma professora de Físico-Química no 8º ano que não tinha qualquer autoridade sobre nós – e nós, como normais adolescentes de 13 e 14 anos, bem que lhe fazíamos a vida negra). Mas esse facto não desculpa de maneira nenhuma as acções da aluna.
E em todos os canais de televisão, surgem os analistas e os psicólogos em filinha indiana, prontos a dar a sua intelectualizada opinião. A maioria parece culpar as chamadas novas tecnologias. Pois claro. E vá lá, que a violência nos videojogos ficou impune. Esse monstro que a imprensa muito gosta de alimentar nestes casos, desta vez, ficou a ver outro fenómeno arcar com as culpas.
A situação é grave. A violência nas escolas é um fenómeno recorrente. Todos temos de reflectir nele e pensar seriamente em medidas viáveis que possam solucionar o problema. Sim, porque a transferência da aluna para uma outra escola não é solução viável. É o mesmo que atirar o lixo para o quintal do vizinho, só porque dá trabalho atravessar a rua para o ir pôr no contentor.
Mas enfim (e sim, vou parar de escrever que entretanto isto já está a ficar compridinho e até chato), isto sou eu a falar do conforto do meu sofá (vá, cadeira da secretária). Que isto dos problemas dos outros, já dizia o outro, resolvem-se com uma palmadinha nas costas. Ainda que este, na minha opinião, se resolvesse com um par de tabefes (mas não pode ser da professora, porque senão depois vêm os paizinhos e é o “ai meu deus, que a professora agrediu a minha filha!”).
E a verdade é que um simples vídeo do YouTube, provavelmente transformado num daqueles “forwards” que as pessoas que nada têm para fazer mandam a todos os seus contactos, foi parar à caixa de correio electrónico de um qualquer funcionário da RTP/SIC/TVI. E de repente, a violência nas escolas surge como o tema do momento, como se nunca antes tivesse existido e fosse a maior novidade do mundo. Logo, se contactam os responsáveis que garantem que vão ser tomadas medidas, que vão ser instalados inquéritos, apuradas responsabilidades.
Mas entretanto o corpo da Maddie é encontrado ou o Cristiano Ronaldo encontra uma nova namorada e a história da miúda do Porto que gritou com a professora deixa de vender.
E fica tudo na mesma.
Nota de rodapé: E sabem o que me entristece mais? Mais do que a gravidade desta situação, mais do que a inaptidão do governo em resolver o problema da violência escolar (porque admitamos, ela sempre existirá), é que facilmente imagino, daqui a uns anos, um homem feito a virar-se para um seu amigo e dizer orgulhosamente: “Lembras-te daquele vídeo que andou nos telejornais há uns anos de uma aluna a agredir uma professora e a gritar para lhe dar o telemóvel? Fui eu que filmei.”
terça-feira, abril 01, 2008
domingo, março 09, 2008
Pernas para que vos quero!
Cavaco e Lula celebram 200 anos da chegada da família real
O presidente português, Aníbal Cavaco Silva, e brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, participam neste sábado da sessão solene de comemoração dos 200 anos da transferência da corte portuguesa para o Brasil, que acontece no Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro.
in Lusa
"Transferência da corte portuguesa para o Brasil" é a expressão politicamente correcta para "Chiça! Vamos mas é dar à sola que vêm aí os franceses!", ou, se a quisermos adaptar para os tempos de hoje, "Chiça! Vou mas é dar à sola que vêm aí os professores."
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
"THUNDERCATS ARE GO!"
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Venham até a mim os descontos.
Finalmente sinto que faço parte do mundo. Já tenho cartão Minipreço. Obrigada.
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
A Maddie nas urgências com tranquilidade.
Algo vai mal no mundo da comunicação social quando fico uma semana inteira sem ver telejornais, ler jornais ou ouvir rádio e quando volto, as notícias são exactamente as mesmas da semana anterior.
(Ok, já percebemos, acusar os pais da Maddie foi uma atitude precipitada, estão urgências a fechar por todo o país e o Sporting perdeu. E que tal deixar de constatar o óbvio e passar às notícias a sério?)
(Ok, já percebemos, acusar os pais da Maddie foi uma atitude precipitada, estão urgências a fechar por todo o país e o Sporting perdeu. E que tal deixar de constatar o óbvio e passar às notícias a sério?)
quarta-feira, janeiro 30, 2008
O pior acordar do mundo.
A propósito do passatempo que o Nuno Markl anda a promover (em suma, é necessário fazer um vídeo relatando a pior maneira de acordar a fim de ganhar um despertador todo xpto da Philips), eis a participação do Luís Belo conjuntamente com a mui estimada autora deste cantinho blogosférico:
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