Taras e Manias
Quando
você vem com essa cara
de menina levada
para a brincadeira,
Dá-me
um arrepio na pele.
Sinto água na boca
p'ra ficar com você.
Você não tem um pingo de vergonha
e todo homem sonha
Ter alguém assim,
realizando minhas fantasias,
taras e manias;
você vem p'ra mim.
Uma lady na mesa,
uma louca na cama.
Na maior safadeza,
você diz que me ama.
E na minha cabeça,
desvario e loucura,
quando você começa,
ninguém mais a segura.
E mexe, remexe,
se encosta, se enrosca,
se abre, se mostra pra mim,
me agarra, me morde, me arranha;
não mude que eu quero você sempre assim.
Quando
você vem com essa cara
de menina levada
para a brincadeira,
Dá-me
um arrepio na pele.
Sinto água na boca
p'ra ficar com você.
Você não tem um pingo de vergonha
e todo homem sonha
Ter alguém assim,
realizando minhas fantasias,
taras e manias;
você vem p'ra mim.
Uma lady na mesa,
uma louca na cama.
Na maior safadeza,
você diz que me ama.
E na minha cabeça,
desvario e loucura,
quando você começa,
ninguém mais a segura.
E mexe, remexe,
se encosta, se enrosca,
se abre, se mostra pra mim,
me agarra, me morde, me arranha;
não mude que eu quero você sempre assim.
Marco Paulo
Tendo como tema o amor, está patente nesta composição que o sujeito poético deseja ardentemente a amada, amada esta que o tenta e provoca, aumentando cada vez mais esse desejo. É, no entanto, vísivel um distanciamento entre o poeta e a mulher cantada, visto que o primeiro trata a segunda por "você" e chega mesmo a utilizar um anglicanismo ("lady"), enfatizando ainda mais este tratamento quase formal. Em última análise, trata-se de um poema ao bom estilo petrarquista em que o poeta coloca a mulher num nível superior, onde esta o consegue controlar e dominar, deixando transparecer as tendências sado-masoquistas do próprio poeta ("...me agarra, me morde, me arranha...").
get it off!get it off!
ResponderEliminargstei da tua análise. diria que é profunda. eu diria até que te estás a tornar num verdadeiro Caeiro (não o heterónimo d Pessoa mas o autor daquele livrinho que nos dá tanto jeito)
mai nada! quem fala do homem renascentista fala do homem moderno...
ResponderEliminarobs nº1 -gostava de ver as velhinhas a cantar isto que nem adolescentes histéricas...
obs nº2 - sado-masoquista é a amada - onde é que já se viu atiçar de paixão o marco paulo com aqueles caracóis???...
brilhante! o comentario ta digno de um 20!!! a zulmirinha n faria melhor!
ResponderEliminar:) ***********
o sujeito poético é um piroso.
ResponderEliminartambém gostava de ver as beatas a cantarem isto hehe :)
boa análise! ;)
beijo grande*