Portanto, resumindo, o 25 de Abril foi assim:
Por volta da meia-noite passa "Grândola Vila Morena", de José Afonso, na rádio. É a senha para um grupo de tipos da tropa, liderados por Salgueiro Maia, pegar numas quantas chaimites e dirigir-se a Lisboa para derrubar o governo. Já cientes da Revolução em curso, muitos, ignorando as ordens da rádio para ficar em casa, foram para a rua festejar e uma florista que passava começou a distribuir cravos vermelhos.
Como teria sido o 25 de Abril se não fossem militares a fazer a Revolução?
Por volta da meia-noite, passa "Mister Gay", de Alex, O Fabuloso, na rádio. É a senha para um grupo de tipos vestidos de camisas de folhos lilás, liderados por José Castelo Branco, pegar numas quantas bicicletas sem selim e dirigir-se a Lisboa para derrubar o governo. Já cientes da Revolução em curso, muitos, ignorando as ordens da rádio para se "manterem no armário", foram para a rua e assumiram-se e uma florista que passava começou a distribuir cravos vermelhos, ao que os revolucionários recusaram porque não dava com as camisas.
Vejamos outro exemplo:
Por volta da meia-noite, passa "Freak Freak", do Hélder, o Rei do Kuduro, na rádio. É a senha para um grupo de tipos da Cova da Moura pegar nuns quantos carros roubados e dirigir-se a Lisboa para derrubar o governo. Já cientes da Revolução em curso, toda a equipa da polícia de choque, ignorando as ordens da rádio para manterem a calma, começaram a atirar gás lacrimonégeo e uma florista que passava, assim que começou a distribuir cravos vermelhos, foi violentamente espancada e presa pela polícia por posse de droga.
E, finalmente, um exemplo mais assustador:
Por volta da meia-noite, passa "No Dia Em Que o Rei Fez Anos", de José Cid, na rádio. É a senha para um tipo de capachinho e óculos Raiban, liderado por ele mesmo, pegar num cavalo e dirigir-se a Lisboa, para derrubar o governo. Já cientes da Revolução, todos, ignorando as ordens na rádio para saírem de casa, ficaram em casa para se protegerem do fim do mundo e uma florista que passava começou a atirar-lhe cravos vermelhos para ver se ele desmaiava.
Por volta da meia-noite passa "Grândola Vila Morena", de José Afonso, na rádio. É a senha para um grupo de tipos da tropa, liderados por Salgueiro Maia, pegar numas quantas chaimites e dirigir-se a Lisboa para derrubar o governo. Já cientes da Revolução em curso, muitos, ignorando as ordens da rádio para ficar em casa, foram para a rua festejar e uma florista que passava começou a distribuir cravos vermelhos.
Como teria sido o 25 de Abril se não fossem militares a fazer a Revolução?
Por volta da meia-noite, passa "Mister Gay", de Alex, O Fabuloso, na rádio. É a senha para um grupo de tipos vestidos de camisas de folhos lilás, liderados por José Castelo Branco, pegar numas quantas bicicletas sem selim e dirigir-se a Lisboa para derrubar o governo. Já cientes da Revolução em curso, muitos, ignorando as ordens da rádio para se "manterem no armário", foram para a rua e assumiram-se e uma florista que passava começou a distribuir cravos vermelhos, ao que os revolucionários recusaram porque não dava com as camisas.
Vejamos outro exemplo:
Por volta da meia-noite, passa "Freak Freak", do Hélder, o Rei do Kuduro, na rádio. É a senha para um grupo de tipos da Cova da Moura pegar nuns quantos carros roubados e dirigir-se a Lisboa para derrubar o governo. Já cientes da Revolução em curso, toda a equipa da polícia de choque, ignorando as ordens da rádio para manterem a calma, começaram a atirar gás lacrimonégeo e uma florista que passava, assim que começou a distribuir cravos vermelhos, foi violentamente espancada e presa pela polícia por posse de droga.
E, finalmente, um exemplo mais assustador:
Por volta da meia-noite, passa "No Dia Em Que o Rei Fez Anos", de José Cid, na rádio. É a senha para um tipo de capachinho e óculos Raiban, liderado por ele mesmo, pegar num cavalo e dirigir-se a Lisboa, para derrubar o governo. Já cientes da Revolução, todos, ignorando as ordens na rádio para saírem de casa, ficaram em casa para se protegerem do fim do mundo e uma florista que passava começou a atirar-lhe cravos vermelhos para ver se ele desmaiava.
É uma pena, este Porto revisited, e nenhum sinal nas ruas. Nada mesmo. Nem cravos nem recordações. Ou não o viveram ou estão-se cagando. Nem mesmo a victória do FCPê de ontem os faz sair na Baixa do Porto. É uma pena.
ResponderEliminarE eu olho para um portrait meu aqui pendurado na parede, feito numa galeria de Arte em baixo da casa dos meus pais. Foi feito enquanto entoava na rádio uma melodia do Zeca Afonso, um certo 25 de Abril, 31 anos atrás...
Como o tempo passa...