Este post é feito a pedido de um colega meu da faculdade que adora cavacas das Caldas e a quem fica a promessa de qualquer dia eu aparecer outra vez com um pacote delas.
Eis uma pequena peça de teatro baseada em factos verídicos. Todas as personagens são fictícias e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
Eis uma pequena peça de teatro baseada em factos verídicos. Todas as personagens são fictícias e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
A Bruxa Malvada Aparece Duas Vezes
Acto 1
Acto 1
Cena: Num palácio. 5 personagens: a Princesa, a Kiki, a Dona da Couve, a Tipa das Caldas e o Atirador de Meias.
Princesa: Deixem-me ler uma história de um livro que me ofereceram pelos anos no ano passado.
Atirador de Meias: NNNNNIII!!!
Restantes: Sim! Queremos ouvir uma história! [Saltitando entre colchões e pacotes de sumos já bebidos]
Princesa: Então, é assim: era uma vez um rapaz que tinha muitos brinquedos e muitas vezes costumava brincar com amigas ou amigos ou mesmo sozinho, utilizando esses mesmos brinquedos. E esse rapaz era muito tagarela pois gostava muito de relatar o que sentia quando utilizava esses brinquedos. E normalmente, sentia-se muito agradado.
[Enquanto a Princesa ouviam a história, os restantes riam e regozijavam-se com o conto]
Atirador de Meias: NNNNNIIII!!!
Bruxa Malvada: [irrompendo violentamente e dizendo com a sua voz máscula] Olhem, é assim: ou se calam ou dou-vos uma sova. Vocês já 'tão a abusar há bué. [e sai com a mesma violência com que entrou]
[Silêncio constrangedor.]
Atirador de Meias: NNNNNIIIII!!!
[Subitamente, começam-se todos a rir-se como quem se ri na cara da Morte]
Tipa das Caldas: [imitando a voz da Bruxa Malvada] "Vocês já tão a abusar há bué." [risos]
Kiki: Passa mas é mais um sumo.
[E a diversão continua. Passado um tempo, sem a Dona da Couve se aperceber, o Atirador de Meias descalça-a e começa a brincar com a meia dela.]
Dona da Couve: Ei! A meia é minha!
[O Atirador de Meias atira a meia que voa pela janela fora.]
Dona da Couve: A minha meia...snifff...buuuuuuuuaaaaaahhhh!! [começa a chorar compulsivamente.]
Atirador de Meias: [arrependido] Pronto, toma a minha. [tira uma meia e dá à Dona da Couve.]
Dona da Couve: [alegrando-se] Eeeehh!
Atirador de Meias: Olhem, tenho pena mas tenho de me ir embora.
Restantes: Oooohhhh....
[Atirador de Meias sai. Todas se deitam. Luzes apagam.]
Kiki: Será que a bruxa malvada ainda anda aí?
Dona da Couve: Já sei! Vamos fazer barulho para confirmar isso!
Todas: Oh sim! Vem! Força! [risos. Depois todas fingem ressonar, espirrar ou ter violentos ataques de tosse, até que se ouve alguém a chegar. Todas se calam e fingem que estão a dormir.]
Bruxa Malvada: [aparece tal como da primeira vez e diz com o seu trejeito de homem.] Princesa, posso falar contigo?
Princesa: [grunhindo] Hã? O que foi?
Bruxa Malvada: Então falamos amanhã. [E sai fazendo cada vez mais barulho.]
[Continua num futuro próximo. Ou não.]
embora tenha ficado com a sensação de que o Atirador de Meias era a personagem fulcral de toda a narrativa, gostei. tava girino. Atenção: girino, nao girinho! O Atirador de Meias exige sequela, com mais acção e meias para todas as pessoas menos para a dona da couve, essa malfadada pezuda! O Atirador de Meias rosna. O Atirador de Meias é mau. O Atirador de Meias vai atirar-se neste preciso momento do aqueduto das aguas livres.
ResponderEliminarNote bem: este comentário foi elaborado enquanto uma meia [lavada e depurada de qualquer espécie de bacilo, entenda-se] ia sendo mordida violentamente para descarregar raivas e culpas reminiscentes de vidas passadas. Freud explica!
rhnaaum rnhaaum rrrr
ResponderEliminar[onomatopeia utilizada para quando se quer demonstrar que uma meia está a ser violentada]
O Atirador de Meias avisou.
Ora aqui está um grande problema. Onde estava a couve no meio disto tudo? Fui deixada de parte e ignorada. Diria mesmo mais: DESPREZADA! Mas em breve irão sentir toda a minha ira na vossa pele! Mwhahaha! *alia-se à Bruxa Malvada* Sim, porque vocês já estão a abusar há bué. Especialmente o Atirador de Meias. You‘ll hear from my agent. Humpf. *Atira a pega de sua capa por cima do braço e vira-se com todo o desprezo, mas com ausência de qualquer voz máscula*
ResponderEliminarO Atirador de Meias nao aceita desaforos de ninguém, muito menos de uma couve malcheirosa! Se a couve foi deixada de parte, por alguma razão terá sido. Talvez a de não ser relevante para toda a situação. Relação causa-efeito, muito simples.
ResponderEliminarHa!
rnhaum rrnnhaummm rrrr
tenho dito,
Couves NÃO têm cérebro. Relação causa-efeito does not compute.
ResponderEliminarNão têm cérebro, não têm personalidade, não têm capacidades intelectuais superiores ás de um amendoim pequeno nem sequer relevância abstracto-experimental, Ó rebento germinado de sementes podres!
ResponderEliminarCompute this: se as couves não têm nenhuma das conveniências supracitadas, não têm também capacidade de discernimento nem noção de realidade, logo não se podem sentir desprezadas. Ha!
Qualquer outro legume era capaz de atirar uma meia, uma couve não.
FLAC rules!
Uma couve não tem personalidade, eh? Foi por isso q comi a tua palheta. Acho q a experiência nos comprova a todos que, mesmo n possuindo qualquer capacidade intelectual, personalidade é possivel (tal como sentimentos, embora desprovidos de logica ou senso comum sequer).
ResponderEliminarAh, e aproveito a oportunidade pra partilhar algo: em breve me aliarei à luz. Um breve encontro com a Bruxa Malvada abriu.me os olhos (aliás, o único olho que possuo) à verdadeira essência do \"dark side\". Assim, fico feliz por anunciar que me dedicarei unica e exclusivamente à caridade para com os legumes vitimas de uma sociedade na qual a ameaça vegetariana e vegan se torna um problema a resolver.
Aguardem a revolta dos legumes.
p.s.: é bom que comam carne.